Ashura

Autor:
Muhammad Reza Hakimi

Publicado por:
Fundación Cultural Oriente
P. O. Box 37185 / 4138 Qom
Tel/Fax: + 98 (251) 7733695
República Islámica de Irán
www.islamoriente.com

Primera Edición: 2010
Tiraje: 3000 ejemplares
Ediciones: Elhame Shargh

ISBN: 978 – 964 – 2824 -19 – 9
© Todos los derechos reservados.
Se permite la reproducción citando la fuente

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Em Nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso.

A religião Islâmica foi apresentada ao mundo e a sociedade humana de maneira direta, sem problemas ou questionamentos, a qual foi necessária para o revigoramento da sociedade que estava frágil na época do profeta (SAAS). Todos os assuntos foram esclarecidos as pessoas, quer fosse de maneira clara, direta ou quer fossem envoltos nos decretos que eram anunciados.
Um dos assuntos mais significativos que o profeta (SAAS) esclareceu durante o tempo de sua profecia e que foi repetidamente mencionado foi aquele que falava da liderança e as questões ligadas à pessoa que assumiria o papel de líder depois de sua morte. O Islã não foi uma religião que meramente se confinou em si nos assuntos referentes à moralidade, ou descrever conselhos concernentes ao modo de vida.
O profeta (SAAS) não foi um homem que se absteve do mundo e se resumiu a poucos Sermões. Se tivesse sido assim, seu grito e seu chamado teria se perdido entre os clamores da história, tal como as vozes de muitos outros piedosos sábios. E assim, essa profunda revolução não haveria frutificado, nem nós poderíamos ter aprendido desta perfeita religião uma série de assuntos, tais como: a regulamentação da sociedade, a relação deste mundo com o próximo, os deveres do indivíduo na sociedade, os deveres morais e materiais, legais, culturais, códigos penais, assuntos políticos e todos os assuntos do momento e os assuntos referentes a filosofia e a lógica.
O que o profeta dirigiu diretamente em sua pregação durante seus 13 anos de chefia em Meca, teve como foco central alguns aspectos: a unicidade de Deus, o advento dos mensageiros, a essência e a finalidade da profecia e por último, o retorno final de Deus, a ressurreição e o prevalecimento social das pessoas.
A atmosfera e as circunstâncias até então existentes, não tornaram possível ou conveniente dado às dificuldades que ele teve que enfrentar na época para elaborar e explicar os decretos divinos em sua completa extensão. O profeta, de fato, foi incapaz de dar uma prática coesa para a sociedade baseado nos conceitos corânicos, da unicidade de Deus.
Mas, só foi possível se feito por ele dez anos depois de sua migração para Medina. Aqui ele foi capaz de criar os alicerces para edificar o suporte de seus anúncios e proclamações. Foi lá em Medina que ele aumentou seu número de seguidores e guerreiros, muitos assuntos referentes à política, e assuntos militares e sociais foram expostos e colocados em prática. Foi durante seu período em Medina que organizou a sociedade Islâmica. Uma coisa que não foi possível praticar em Meca, por não haver alicerce nem mesmo nos primeiros fundamentos da fé.
Nos primórdios do Islã, eles, os habitantes de Meca, não se inclinaram para aceitar, mas, eles estavam prontos a criticar e questionar o profeta (SAAS), a fim de instituir uma nova ordem e criar uma atmosfera diferente e transformada, promulgar um novo conjunto de leis e estabelecer uma nova sociedade baseada neles, que era completamente fora de questão.
Por isso, o Profeta (SAAS) se restringiu quando estava em Meca, a discursar e propagar os conceitos da unicidade de Deus, a fim de que desta forma, tivesse uma vivência e alcançasse o coração das pessoas até que maiores avanços pudessem ser feitos. Se, entretanto tivesse julgado isso suficiente para propagar sozinho o islã ele nunca teria dado a virada revolucionária que ele deu, nem poderia uma nação ter tomado uma forma Islâmica de vida.
Hoje, vemos a religião sendo propagada até os lugares mais longínquos do mundo.Isso não teria sido realizado através de discursos isolados para consumar e completar a religião, é necessário ter uma estrutura jurídica e legal que vá além da nação, por outro lado, o profeta que

Ele tinha que gastar em conflitos, pois um conflito é dos um dos melhores meios de consumir o tempo de uma pessoa, o tempo de um homem que eles queriam fora de seu caminho.
Isto foi exatamente o que aconteceu a homens como: Abuzar, Ammar Yaser, Hujas bin Addi, Malik Ashtar, Mohammad bin Abu Bakr, que foram todos mortos, e eles finalmente arquitetaram um plano tão bem feito que eles conseguiram assassinar Ali (AS), quando ele estava oferecendo suas orações a Deus em uma mesquita. Desde então, eles guardaram parte dessa sua experiência para usá-la mais tarde de igual modo a fim de desfazer-se do segundo Imam, o Imam hassan.
Eles agiam passo a passo desde a traição até a batalha em constantes conflitos junto com a propagação de suas idéias,a fim de escurecer os fatos e ofuscar a realidade tornando-a nebulosa. Muawyia usou cada estratégia disponível contra ele. Ele foi o homem que lutou com Ali (AS) e que agora não podia suportar ver Hassan ocupando seu lugar, então usou todos os seus truques para atuar contra ele e as coisas se tornaram cada vez mais difíceis para o Imam Hassan , finalmente o resultado era a paz, o Imam Hassan viu-se deixado por seus generais do exército, e os outros comandantes não tiveram outra escolha a não ser parar Muawyia através de um acordo de paz com ele. Tal acordo foi ele obrigado a cumprir, o Imam Hassan viu que tal paz seria do interesse de seu povo.A paz apareceu a ele como o único jeito de prevenir o derramamento de sangue dos mulçumanos e o melhor para preservar a nova ordem estabelecida.
Ele, no entanto, sugeriu e escreveu as condições para que pudessem assegurar a paz e a segurança da religião e dos mulçumanos futuramente, tudo que ele previu e acrescentou neste tratado de paz; Muawyia aceitou, mas, depois que o Iman Hassan assinou o tratado, Muawyia, alterou-o e rejeitou o que antes havia concordado.
Muawyia não honrou uma única condição do tratado de paz. Ele transformou a sociedade Islâmica em uma sociedade cômica e má e espalhou um reino de horror por todos os lugares.
A grande necessidade da época tornou-se a necessidade de estabelecer a ordem das coisas mais um vez, então o pior aconteceu.Yazid tornou-se Califa, ele agora estava sentado no lugar do Profeta, foi a intenção de Muawyia que seu filho Yazid chegasse ao poder. Yazid foi um vilão dos piores e um ébrio. Ele veio ao poder através da força, do terror e de tudo que estivesse ao seu alcance. Todo e qualquer obstáculo em seu caminho era removido com o uso de sua espada ou usando veneno.
O Iman Hassan foi envenenado por que nunca permitiu que Yazid chegasse ao poder. Yazid foi um mero jovem extrovertido e despojado, nascido de uma mãe cristã e educado por ela, ele foi desde sua juventude atraído a bebida e a criação de cachorros. Foi tal jovem que tomou o controle do governo em um domínio Islâmico onde o sagrado Alcorão e as Mesquitas eram predominantes, e de onde nos minaretes soavam o chamado “Allahu- Akbar” (Deus é grandioso) e o testemunho que não há Deus senão um Deus único e que Mohammad (SAAS) é seu servo e mensageiro, foi neste contexto que Yazid reinou supremo como Califa dos mulçumanos, entretanto aos pouco ele é visto envolvido em uma série de grandes problemas e não havia ninguém capaz de resolvê-los, senão o Imam Hussein (AS).
Quando um governante torna-se um perdedor, um vilão, um personagem, um espertalhão, um malvado e alguém sem princípios, é óbvio que todo o país seria contaminado e imbuído com as qualidades de tal governante,pecados tornaram-se comuns, o errado deixou de ser errado pois ele prevalecia amplamente.
O crime não era mais perversidade desde que tornou-se rotineiro, todas as práticas que eram proibidas no Islã tomaram lugar entre todos, todos os seus valores estavam confusos e a

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As regras mundiais podem ser mudadas, mas a religião terá que permanecer a mesma para sempre,a religião de Mohammad ou o Islã é a terceira e última das religiões monoteístas”. (Introduction To Historical Science, 530).
O Profeta (SAAS) não negligenciou em prestar atenção nas pessoas. Ele nunca falhou em apontar um líder capaz de guiar a sociedade de acordo com os princípios do sagrado alcorão. A questão da liderança ainda foi distorcida e envolta em controvérsia depois de sua morte. Estas decisões extraviadas desviaram a direção dada pelo profeta. O que quer que o Profeta (SAAS) tenha recomendado neste aspecto, foi convenientemente esquecido ou ignorado. Os comandos estabelecidos pelo Sagrado Alcorão, em todo seu corpo filosófico e social que foram as chaves para a solução de tais problemas nunca foram avaliadas, e além de tudo isso a pessoa a cargo dos assuntos islâmicos não foi apontada pelo Profeta(SAAS), embora, ele tivesse sido educado pelo Profeta e fosse cuidadoso nas instruções e regulamentos islâmicos. A isenção de uma pessoa responsável a frente, teve impacto negativo e efeitos adversos ao desenvolvimento.
Os eventos continuaram a mudar, foi assim até o terceiro (Califa) Othman, chegar ao poder,e em seu tempo os enganos, os erros se tornaram tão aparentes que eles não conseguiram passar despercebidos aos demais, os mulçumanos decidiram por fim, tirar o califa Othman e matá-lo. Agora, foi a vez de Ali Bin Abi Taleb assumir o lugar no califado.
O grupo dos Banu Umaida cujo líder era Muawyia, não estava feliz com este desenvolvimento. Eles não gostavam da idéia de Ali (AS) assumir o poder.
Houve 3 razões para este ressentimento:
1) Inveja e rivalidade: Eles esperavam tomar o poder depois de Othman e permitir que os negócios continuassem como eram antes.
2) Inimizade: Eles não tinham perdoado os golpes deferidos sobre eles pelas espadas de Ali (AS) e Hamza no início do Islã. Estes pensamentos sombrios e furiosos ainda inchavam em seu peito desde que seus ancestrais foram mortos pela espada de Ali (AS), uma coisa que causou-lhe uma grande agonia e dor de consciência. Hamza, eles já o haviam matado na batalha de Badr e seu corpo feito em pedaços. Agora, Ali (AS), estava dentro do raio das mãos inimigas e então ele tornou-se alvo de sua vingança.
3) Traição: Eles não queriam ver o Islã progredir. Mas aqui estava um homem na pessoa de Ali (As) muito sério, muito forte, muito honesto,aberto e muito disposto a fazer todo o possível para recuperar o Islã.
O que eles esperavam era o que de fato estava acontecendo, espalhou-se a todos para que eles não tivessem esperança, enquanto Ali (AS) estivesse com o Sagrado Alcorão e as tradições do Profeta (SAAS). Eles sabiam e temiam as qualidades de Ali (AS), pois ele era honesto e um humilde servo dos pobres e piedosos, bravo combatente, um guerreiro e um adepto das ciências do Sagrado Alcorão. O que eles haviam tomado desse homem poderia mais uma vez ser restaurado, sob as regras de tal homem quem agisse contra a lei não poderia escapar ou falar agressivamente. Eles previram que o Islã recobraria seu brilho e asseguraria sua autoridade, um retorno desse tipo, eles dificilmente desejariam.
A regra de Ali (AS) era uma fonte constante de pavor para os hipócritas de Damasco, os pagãos do Islã até que eles pudessem se proteger dele. Eles tramaram a traição e finalmente resolveram algo, se não era possível parar o progresso do Islã era possível parar Ali (AS) criando sua série de obstáculos em seu caminho ou coisas do tipo. Eles criaram batalhas e batalhas envolveram Ali (AS) em planícies e desertos. Tempo que era precioso para ele.

Ele tinha que gastar em conflitos, pois um conflito é dos um dos melhores meios de consumir o tempo de uma pessoa, o tempo de um homem que eles queriam fora de seu caminho.
Isto foi exatamente o que aconteceu a homens como: Abuzar, Ammar Yaser, Hujas bin Addi, Malik Ashtar, Mohammad bin Abu Bakr, que foram todos mortos, e eles finalmente arquitetaram um plano tão bem feito que eles conseguiram assassinar Ali (AS), quando ele estava oferecendo suas orações a Deus em uma mesquita. Desde então, eles guardaram parte dessa sua experiência para usá-la mais tarde de igual modo a fim de desfazer-se do segundo Imam, o Imam hassan.
Eles agiam passo a passo desde a traição até a batalha em constantes conflitos junto com a propagação de suas idéias,a fim de escurecer os fatos e ofuscar a realidade tornando-a nebulosa. Muawyia usou cada estratégia disponível contra ele. Ele foi o homem que lutou com Ali (AS) e que agora não podia suportar ver Hassan ocupando seu lugar, então usou todos os seus truques para atuar contra ele e as coisas se tornaram cada vez mais difíceis para o Imam Hassan , finalmente o resultado era a paz, o Imam Hassan viu-se deixado por seus generais do exército, e os outros comandantes não tiveram outra escolha a não ser parar Muawyia através de um acordo de paz com ele. Tal acordo foi ele obrigado a cumprir, o Imam Hassan viu que tal paz seria do interesse de seu povo.A paz apareceu a ele como o único jeito de prevenir o derramamento de sangue dos mulçumanos e o melhor para preservar a nova ordem estabelecida.
Ele, no entanto, sugeriu e escreveu as condições para que pudessem assegurar a paz e a segurança da religião e dos mulçumanos futuramente, tudo que ele previu e acrescentou neste tratado de paz; Muawyia aceitou, mas, depois que o Iman Hassan assinou o tratado, Muawyia, alterou-o e rejeitou o que antes havia concordado.
Muawyia não honrou uma única condição do tratado de paz. Ele transformou a sociedade Islâmica em uma sociedade cômica e má e espalhou um reino de horror por todos os lugares.
A grande necessidade da época tornou-se a necessidade de estabelecer a ordem das coisas mais um vez, então o pior aconteceu.Yazid tornou-se Califa, ele agora estava sentado no lugar do Profeta, foi a intenção de Muawyia que seu filho Yazid chegasse ao poder. Yazid foi um vilão dos piores e um ébrio. Ele veio ao poder através da força, do terror e de tudo que estivesse ao seu alcance. Todo e qualquer obstáculo em seu caminho era removido com o uso de sua espada ou usando veneno.
O Iman Hassan foi envenenado por que nunca permitiu que Yazid chegasse ao poder. Yazid foi um mero jovem extrovertido e despojado, nascido de uma mãe cristã e educado por ela, ele foi desde sua juventude atraído a bebida e a criação de cachorros. Foi tal jovem que tomou o controle do governo em um domínio Islâmico onde o sagrado Alcorão e as Mesquitas eram predominantes, e de onde nos minaretes soavam o chamado “Allahu- Akbar” (Deus é grandioso) e o testemunho que não há Deus senão um Deus único e que Mohammad (SAAS) é seu servo e mensageiro, foi neste contexto que Yazid reinou supremo como Califa dos mulçumanos, entretanto aos pouco ele é visto envolvido em uma série de grandes problemas e não havia ninguém capaz de resolvê-los, senão o Imam Hussein (AS).
Quando um governante torna-se um perdedor, um vilão, um personagem, um espertalhão, um malvado e alguém sem princípios, é óbvio que todo o país seria contaminado e imbuído com as qualidades de tal governante,pecados tornaram-se comuns, o errado deixou de ser errado pois ele prevalecia amplamente.
O crime não era mais perversidade desde que tornou-se rotineiro, todas as práticas que eram proibidas no Islã tomaram lugar entre todos, todos os seus valores estavam confusos e a

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distinção entre o bem e o mal tornaram-se obscuros, Em resumo, todas as terras Islâmicas estavam mergulhadas em toda forma de pecado e crime. O odor fétido emanando do pecado impregnava o ar por toda parte e as pessoas estavam tão presas a tais odores que qualquer fragrância seria repugnante.
Em tal ambiente e com a verdade escondida e sufocada, o Sagrado Alcorão foi abandonado como se ninguém tivesse mais nada a fazer com ele, a religião foi retirada. Os cristãos e os judeus ganharam uma superioridade sobre os mulçumanos. Uma grande sombra de tristeza se espalhou sobre todas as coisas. A sociedade foi coberta por uma expessa e sombria mistura que não era nada mais senão tenebrosa. Um salvador era necessário e o sacrifício e a chamada fé, era o chamado a envolver o ar em tal atmosfera.
Um líder para a nação era necessário para voltar-se contra o que estava podre na sociedade e restabelecer a ordem das coisas que estavam erradas. O verdadeiro Islã era a verdade escondida neste chamado, Era preciso alguém que pudesse resgatar a humanidade, alguém que estaria preparado a dar seu próprio sangue para limpar a terra de toda imundície e restaurá-la. Sangue, apenas o sangue podia fazer isso e esta tarefa não foi de outro senão do Imam Hussein (AS), o neto do profeta (SAAS), foi por ele que veio o resgate, as qualidades que distinguiam os membros da casa do profeta eram: paciência, fortaleza, tolerância e a resistência. Eles refrearam o derramamento de sangue e se afastaram da violência, dirigindo seus esforços para guiar do povo.
Isto foi muito evidente durante o governo de Ali bin Abi Taleb. Três batalhas conhecidas pelos nomes de: Jamal, Sifin e Nehrawan, aconteceram durante esse tempo, mas, ele não iniciou nenhuma delas, Ele sempre tentou solucionar os problemas conversando com seus inimigos, Tal como o Imam Hassan, ele preferiu paz à Guerra, mas, então,logo depois as pessoas de Meca e Medina, os companheiros do profeta que ainda estavam vivos e acima de todos o Imam Hussein ficou seriamente preocupado e apreensivo com a desenfreada influência dos Bani Umaidas que estavam tornando-se uma ameaça ao Islã e a sociedade que o profeta (SAAS) trabalhou tão duramente para estabelecer.
Depois de pensar seriamente sobre todos esses assuntos do estado, eles concluíram que não haveria solução senão o uso da espada, um levante de sangue era a chave para o problema. Yazid por outro lado pretendia ter através do conhecimento do Imam Hussein sua autoridade. O Imam Hussein(AS) estava em Medina nesta época. Yazid escreveu ao governador de Medina. Walid bin Otaba, pedindo-lhe para obter do Imam Hussein(AS) a aceitação de sua autoridade. Isto se feito seria a aprovação para legitimar Yazid, conferir tal legitimidade a uma pessoa como Yazid era impossível para o Iman.
Quando Walid apresentou o pedido de Yasid ao Imam, ele respondeu:“quando tu informares as pessoas sobre a morte de Muawyia e dirigir-lhes para reconhecer a autoridade de Yazid,então me chame também. Eu irei para a mesquita e me dirigirei as pessoas a respeito do que devo fazer”.
De fato, os agentes de Yazid estavam ocupados cercando o Imam por todos os lados e ele sentiu que não seria fácil em tais circunstâncias. Ele costumava freqüentemente acordar as pessoas do mais profundo sono a morte para adorar a Deus perto do túmulo de seu avô, o profeta (SAAS). Foi no dia 3 de Shaban do ano 60 da hégira que o Imam Hussein(AS) partiu para Meca e ficou lá até o mês de Zul Hijja do mesmo ano. Como se aproximava a época da peregrinação ele se preparou para as cerimônias do Hajj. Ele colocou as vestes do hajj (Ihram) e ficou lá até o dia 8 daquele mês engajando na oração e na adoração, de vez em quando ele

costumava vir para o meio do povo e conversar com eles. Ele guiou o Iraque enquanto seu Hajj permaneceu ainda incompleto, Sua viagem mostra que havia muitos assuntos do momento que o enviava para aquele caminho. Ele recebeu vários convites do Iraque que o impediu a responder indo lá.
A caravana da revolução estava a caminho onde quer que ele estivesse e o que quer que fizesse ele explicava as pessoas a razão de sua missão em cada lugar que paravam, a cada ponto onde as pessoas se aglomeravam para dar-lhes as boas-vindas, o Imam iluminava-os com os propósitos de sua viagem e nas reuniões sobre a expansão da causa de Yazid, ao longo do caminho enquanto ele foi as vilas, todos os moradores ricos, pobres, vagabundos, trabalhadores e até pastores de ovelhas do deserto começaram a conhecer o nefasto caráter de Yazid e as suas intenções.
Mas, desde que o Imam não pode mais entrar nas cidades grandes devido a presença dos homens armados de Yazid, ele escolheu limitar-se as vilas e planícies,embora houvesse muitas pessoas com a cabeça aberta e bem informados nestas cidades, que eram contra as atrocidades e maldades de Yazid e eles estavam relutantes a vir para o lado do Imam por várias razões, para uns eles não estavam completamente cientes da distância que alcançariam as implicações se o Imam se erguesse.
Segundo, muitos deles tinham concordado viver e adaptado suas vidas dentro das iníquas regras de Yazid e por último era um desvio tomar algo novo preferindo contentar-se com o que já lhes era familiar, mas, apesar de tudo isso, havia ainda aqueles que embora fossem muito poucos estavam preparados para deixar tudo para trás e juntar-se a caravana da revolução do Imam Hussein(AS), enquanto a caravana seguiu seu caminho, notícias distorcidas continuaram a chegar ao Imam, uma delas tinha a ver com o martírio de um grande personagem do Islã, o bravo, piedoso e reto, Muslim bin Aqil, da casa de Thalaiba, Muslim que era primo do Imam, havia sido antes enviado por ele a Kufa como seu representante. Ele foi martirizado pelos homens de Kufa. Muslim ergueu-se contra os traidores com grande coragem até o tempo de seu martírio, quanto mais se movia a caravana mais próximos estavam de seu destino, quando vieram a parar na planície oeste de Karbala no dia primeiro de Moharram do ano 61 da hégira.
O Imam Hussein(AS) ordenou que as barracas ficassem mais próximas da margem do rio Forrat (Eufrates), os dias se passaram rapidamente até o nono dia (tasu’a) quando ao entardecer um grupo de soldados enviados por Yazid em grande número atacaram o acampamento do Imam. O Imam enviou Abbas, seu irmão e alguns outros para falar com os comandantes do exército inimigo, terminou com Abbas proclamando em voz alta a eles o seguinte: “ queremos de ti hoje a noite pois o Imam Hussein me pediu que solicitasse para que possa ser oferecida a oração e a adoração a Deus, amanhã nos encontraremos mais uma vez sob a sombra das espadas, caiu a noite envolvendo o deserto em encanto, tudo estava silencioso, calmo e maravilhoso, com a lua cheia iluminando a cena como premunição do que estava a acontecer.
O Imam olhou ao em sua volta e viu-se rodeado de amigos e parentes e falou-lhes: “ O pacto que eu observei e agora ignoro, o juramento de lealdade a mim que vocês fizeram e os liga a mim eu os dispenso dele e os deixo livres, vocês não tem mais nenhuma obrigação, vocês podem ir e me deixar por minha própria conta, deixem essa terra sob o véu da noite que os permitirá ir e tomar qualquer direção que quiseres.
Estes soldados de Yazid tem negócios comigo e não com vocês, a morte está a frente a minha espera. Não há vitória”. Este foi o significado das palavras do Imam e eles sentiram fortemente sem dúvidas, naqueles ainda cativados pelo mundo e seus atrativos, morrer no

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caminho da fé não é fácil para alguém sem fé. Onde não havia nada para ganhar, não havia tentações, infelizmente haviam muitos entre os seguidores o do Imam que estavam tão fracos que não mereciam estar alí, então eles começaram a partir e deixar o Imam.
Mas, haviam alguns que permaneceram firmes e ardentes em sua fé, ficaram atrás do Imam, a morte por causa do amor a sua religião não era cômoda, era preciso e difícil sem dúvida deixar o Imam. O dia clareou, o Imam juntou sua pequena força que estava em desvantagem em relação aos milhares no lado inimigo, e foram a batalha. E logo começou a força da fé de um lado e as forças da tirania do outro.
A força do Imam era pequena, mas, eles estavam lutando uma guerra Santa e defendendo uma causa, e ele deu-lhes uma inimaginável e extraordinária força, ajudando-os a lutar bravamente, cada guerreiro matou vários do exército inimigo, haviam setenta e dois homens do lado do Imam contra milhares de homens de Yazid, não está aqui a questão de números, mas, a da fé, crença e causa, a fé brilhou completamente entre aquele pequeno grupo, era luz e brilho, o inimigo estava carente de qualquer fé e carente da força que só a fé pode dar.
Estavam confundidos pela coragem daquele pequeno grupo os confrontando, esta foi a razão porque os o homens do Imam puderam penetrar tão fundo dentro do coração do exército de Yazid. Eles causaram uma rota de conternação entre o inimigo, muitos dos homens que estava com o Imam mataram até serem martirizados. Este será o ponto de desvio aqui para ver o que foi que fez tal batalha possível com forças desiguais o que foi um levante para os seguidores do Imam que fizeram a coragem ser singular e indubitavelmente possível.
Sabe-se muito bem que o Islã restringiu alguns tipos de esportes ilícitos como, a aposta, mas, encorajou outros como corridas de cavalos e arco e flecha, o propósito, claro era encorajar a habilidade em tais esportes, mas, além, disso o Islã encontra um profundo propósito, o qual é desenvolvido com nobres qualidades como: bravura, força e coragem sob todas as circunstâncias e em particular para opor-se ao inimigo e a toda forma de tirania há um dito bem conhecido do o Imam que diz: “você deve cuidar de sua saúde enquanto você está vivo”, a idéia era ser capaz de viver puro, ter uma vida limpa e ter força contra as abominações e o mal que é inimigo da vida como a tirania.
Aqueles presentes naquele dia de Ashura com o Imam Hussein foram treinados por seu pai Ali bin Taleb nas principais virtudes. Eles viram e estiveram com os melhores soldados e generais do Islã. em seus corações ainda queimava a chama de um amor ardente e afeição pelo profeta e sua família preferindo a morte a uma vida sem eles. A sinceridade era o seu curso e a fé aquilo que os movia, eles foram de fato os heróis da história e o seu orgulho.
Aquela noite foi um tempo de espera que eles passaram polindo suas espadas até que eles se mantiveram recitando versos do livro sagrado e oferecendo orações. Eles eram aqueles que estavam envoltos na verdade como se o sabor da verdade estivesse sempre em suas línguas.
Tudo foi ação para eles e eles esperaram o momento da grande ação. Eles esperaram acordados até o amanhecer até o momento certo o vermelho do sangue apareceu com o despertar do sol no leste e envolveu a terra com sua flecha vermelha e Hussein, tomou seu pequeno grupo e dirigiu-se ao campo de batalha para confrontar as forças das trevas. A’bas bin Abi Shabib Shakery, um dos seus companheiros perguntou ao seu amigo Shozab, um erudito, como ele se sentia naquele momento e ele disse que estava orgulhoso de está na acompanhado do neto do profeta (SAAS) e mais, poder estar entre aqueles que seriam martirizados.
A’bas, então disse que isso era o mesmo que estava sentindo. Então, ambos tomaram a permissão do Imam e partiram antes do proceder da batalha, era o hábito partir primeiro de junto

do Imam, antes da batalha e A’bas se dirigiu a ele assim: “Oh, Hussein, não há ninguém mais querido para mim no mundo inteiro senão você, se eu tivesse o poder para tal, te resgataria das ciladas desses tiranos, não tenho nada mais que o sopro desta vida o qual circula em meu corpo e que eu ofereço em sacrifício a ti e ao teu o pai”.
Com estas palavras ele se despediu do Imam e foi ao campo. Rabi bin Tamin um dos homens de Yazid o tinha isto a dizer dele: “ quando eu vi A´bas eu o reconheci como se o tivesse conhecido antes. Não conheci ninguém mais corajoso”. Então eu gritei: “ Este é o leão, a fim de alertar meus colegas”.
A’bas cavalgou e ficou sozinho entre os homens de Yazid ousando confrontá-los. Omar Saad, comandante de Yazid estava furioso com isto e ordenou a um grupo dentre os seus homens para cercá-lo e atacá-lo com outro grupo atirando pedras nele.
A’bas vendo que não havia ninguém preparado para combatê-lo simplesmente com a espada, mas ele estava sendo covardemente atacado com pedras, removendo sua armadura e indo em direção a eles com nada mais além de sua espada, lutou bravamente. Neste cenário Rabi bin Tamin narra: “ Por Deus, eu vi por todas as direções em que A’bas ia, estavam centenas de homens espalhados em pânico.
Os inimigos viram que ele não podia superá-los, e o rodearam por todos os lados. Como ele tinha recebido uma grande quantidade de pedradas e cortes de espada,ele caiu.” Um pouco mais tarde eu vi um grupo com alguém segurando sua cabeça e cada um que afirma-se que ele o tinha matado, quanto a isso o comandante Omar Saad disse: “ Nenhum de vocês o matou, todos vocês juntos não seriam capazes de matá-lo” um outro destes bravos era Abu Thamameh Saidar. Como se aproximou o meio dia, ele foi até o Imam e disse: “ Oh, Hussein, estes homens não te matarão a menos que eu esteja vivo pois não permitirei isso. Eu deveria ser morto primeiro, quero realizar minha última oração do meio dia atrás de ti.”
O Imam o agradeceu e o abençoou dizendo: “Vá e peça a essas pessoas para nos dar tempo para rezar”. Então estava ali Jaber bin Orawa Ghaffari, ele era um homem velho, ele viu o Profeta e participou de muitas batalhas incluindo a de Badr e Siffin. Este velho homem que tinha a coragem e a determinação de um jovem, com uma capa sobre seu peito e um lenço sobre a cabeça e suas sobrancelha, não tiveram tempo de se unir, quando ele adentrou na batalha matando sessenta de seus inimigos antes dele ser martirizado.
É relatado que o Imam Hussein(AS) disse isso enquanto viu o velho homem lutando: “Que Deus te agracie por teu esforços velho homem”, Logo veio Muslim bin Aousaj’a a Assadi, um homem valente cuja bravura o fez ganhar grande fama quando Muslim bin Aqil foi apontado como representante do Imam em kufa,os atos de Aousaj´a como representante coletando fundos e fazendo saber da autoridade do Imam para com as pessoas daquela área.
Naquela noite anterior, quando o Imam Hussein(AS) insistiu com aqueles que ele desejava que o deixassem, Muslim bin Aousaj’a tinha isso a dizer em resposta: “ Oh filho do profeta de Deus, nós te deixaremos aqui e vamos salvar nossas vidas, como então vamos responder por isso a Deus? Por Deus eu não me apartarei de ti até que eu tenha enfiado minha lança no mais fundo do coração do inimigo. Enquanto eu tiver força para segurar minha espada eu lutarei com o inimigo. SE não puder mais lutar com uma espada, lutarei com pedras.
Nunca o deixarei e basta Deus ser testemunha que nós não abandonamos o Profeta, se eu for morto e de novo trazido a vida e assim ocorrer sucessivas vezes, mesmo assim não o deixarei. Eu não desistirei”, Muslim foi até o campo de batalha matando seus inimigos até que fosse martirizado.

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O Imam Hussein(AS) veio a ele seguido por Habib Ibn Mazaher que era seu amigo. Habib contou-lhe que era difícil para ele vê-lo em tal condição, embora o congratulasse por ganhar o paraíso para que Muslim rejubilosamente dissesse: “Que possa Deus te abençoar com suas dádivas e bênçãos”. Habib então disse: “ Eu queria servir a ti mas, não posso, pois em breve serei morto”. Muslim disse mais uma vez, “Minha única vontade é ver o o Imam não ser deixado sozinho.
Permanecerei ao seu lado a qualquer custo”, depois veio Omar bin Junadeh Ansari, um jovem cujo pai, Junada bin Ka’ab Ansari, foi morto em batalhas algum tempo antes. Sua mãe disse isso a ele: Oh, meu filho,levanta-te e vai ao campo de batalha e deixe o Imam ver como você mata os inimigos e como você morre”, o rapaz se aproximou do Imam buscou sua permissão, mas, o Imam vendo que ele era muito jovem e considerando que sua mãe precisaria dele e sua morte para ela seria muito pesada, desde que perdera seu marido, ele hesitou.
Mas o rapaz assegurou que sua mãe mesmo o havia enviado para lutar. Ele foi junto com uma canção em seus lábios: “ meu chefe é Hussein não há ninguém melhor para ganhar trazendo o brilho do coração do profeta, seus parentes, são Ali e Fátima em seqüência acaso sabes como conseguir alguém igual aos seus?
Sua face brilha como o sol, sua fronte brilha como a luz da lua”, o rapaz foi a batalha matando os inimigos até que ele fosse finalmente morto sua cabeça foi cortada e atirada no campo do Imam. Sua mãe a pegou em suas mãos e abraçou-a dizendo: “ Deus abençoe meu filho” e a atirou de volta ao campo inimigo dizendo: “ O que nós damos no caminho de Deus, nós não queremos de volta”, um a um os companheiros do Imam, foram martirizados até que não restasse mais ninguém, agora foi a vez de Bani Rashim, os parentes do Imam, os filhos de Aqil e Imam Hassan, seu próprio filho e os filhos de Muslim e Abdullah bin Jaffar, seu irmão que era popularmente conhecido como a lua de Bani Hashin, um bonito jovem com ótimo caráter e personalidade como nenhum outro, o ele era revestido de um fé e amor ardentes por seu irmão e pelo que buscava temido pelo inimigo, ele se ergueu como a esperança para o Imam e seus filhos mas ele também saiu e foi martirizado livrando o inimigo de seu desespero,mas ,mergulhando a vinda do Imam em desespero.
Um a um haviam ido a batalha e sido martirizados, primeiro seus companheiros, então seus parentes, seus irmão e seus filhos, ele ficou sozinho sem ninguém que viesse em seu auxílio, agora era sua vez de entrar na batalha, ele despedaçou as forças do inimigo com o sangue correndo forte em suas veias como o de sua mãe Fátima, seu pai Ali, seu irmão Hassan e parentes, Hamza e Jaffar, seu sangue, que foi derramado, era como o sangue dos Profetas e apóstolos: Abraão, Moisés, Ismael, Jesus e muitos outros, pois eles eram do divino e suas causas eram sem dúvida divinas.
Assim que o dia passou e o sol começou gradualmente a se pôr, o deserto de Karbala estava com o sangue dos mártires espalhados e então o impensável aconteceu, a cabeça do Imam Hussein estava nas mãos dos inimigos. Deus é grandioso, o ar tornou-se escuro e a terra tremeu e houve um eclipse no sol.
Mas, foi o alvorecer do dia da verdade, o sangue do Imam Hussein e daqueles seus companheiros, parentes e dos amados de sua família foi derramado para nutrir a árvore do homem de liberdade e dignidade foi a maior história de sacrifício e que marcou o curso do futuro, foi o levantar que nutriu muitos outros levantes, foi a fonte de onde muitas outras nascentes floresceram foi o despertar do qual ergueu-se Mukthar Thagafi, que Ziad e muitos outros seguiram seus caminhos até que o dia de Ashura de Hussein tornou-se um supremo exemplo da luta contra a tirania e a defesa dos povos.

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